domingo, 9 de maio de 2010

IMÓVEL A DESTACAR: PALÁCIO DA AJUDA

Dedico este artigo a tal pérola que é o Palácio da Ajuda.
Uma pérola muito grande e muita redonda, o que só ajuda a melhor distinguir uma camada de sujidade e alguns arranhões na sua face. Passo então a explicar a analogia: O Palácio da Ajuda supostamente seria o maior palácio real da Europa, ultrapassando o de Oriente, em Madrid. Seria mas não é, nem nunca foi.

Eis como é, a negro, e como seria, a cinzento, na planta:



E o de Madrid:

(Não estão à mesma escala, mas sem dúvida seria maior.)

Acontece que com as invasões francesas em 1803 a família Real decidiu partir para o Brasil e instalar a capital do Império português no Rio de Janeiro. Sucessivamente, as obras do palácio da Ajuda ficaram suspensas, pois era suposto albergarem uma família Real, que de momento se ausentava. O general Junot, que comandava as tropas invasoras, não foi o responsável por esse acto; aliás, ele apoiava com veemência o prosseguimento das obras, mas a sua determinação não foi capaz de fazer frente a um embróglio de confusões, conveniências e estratégias que estancaram de vez o Palácio da Ajuda.
Aparentemente, esse novelo muito mal organizado e confuso parece ser o grande e único alicerce do complexo palaciano.
O Palácio ficou a dois terços de ser concluído e ainda supera a tabela de residência real em Portugal! É a maior, aniquilando até o Convento de Mafra! Eu mal acredito nas palavras que escrevo.
Não esqueçamos que o palácio ainda pode e deve ser recordado e preservado qual pérola. O seu recheio é algo exorbitante, precioso e insubstituível. Vejam só nestas imagens: